sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O MAL, O BEM E ALÉM


EGOÍSTAS E BONZINHOS ???

Uma trama diabólica. É assim que Flávio Gikovate, 63 anos, define a divisão do Mundo entre egoístas e generosos no livro O mal, o bem e mais além Sua experiência em consultório o fez perceber que quase todos os casais – e também as relações sociais e entre amigos – fundamentam sua relação nas trocas estabelecidas entre uma personalidade mais exigente, barulhenta e emocionalmente sensível e outra mais madura, compreensiva ao extremo. Divisão um tanto maniqueísta?

Gikovate diz que não. “A culpa não é minha se existem apenas dois tipos de pessoas”, afirma. A novidade presente no livro é que, segundo ele, os generosos não formam o time do bem, como julga o senso comum, nem os egoístas são os vilões.

Sua hipótese é de que as diferentes reações a sentimentos humanos, como vaidade, inveja, culpa e humilhação, acabam por determinar o perfil de cada indivíduo.

A miséria dos egoístas está no fato de que eles dependem dos generosos, assim como os generosos precisam dos egoístas. ISTOÉ – O que o levou a escrever sobre a velha dicotomia entre o bem e o mal? Flávio Gikovate – O tema da moral está presente há algum tempo em meu trabalho, mas antes tratava o egoísmo como algo pior do que a generosidade. Em 1976, escrevi que havia dois tipos de amor, por diferença e por semelhança.

A grande maioria dos casais se estabelecem entre pessoas antagônicas. Hoje, a moda é falar em alma gêmea, mas, na prática, as pessoas continuam se encantando por oposição e dizendo que os opostos se atraem. A atração por opostos tem muitas causas, desde a dificuldade de auto-estima (não gostar do seu jeito de ser e se encantar com o outro) até o medo da paixão, muito intensa, estabelecida entre semelhantes.

A paixão, diferentemente da maioria das relações, se dá entre pessoas parecidas. ISTOÉ – Por quê?Gikovate – Paixão é amor em grande intensidade mais medo em grande intensidade. O coração não bate por amor, mas por medo. E muita gente acha que, quando a paixão vai passando, é como se o amor diminuísse também. Apenas o medo diminui. Mas muitas paixões terminam quando os amantes não suportam o que chamo de medo da felicidade. Ele está na raiz do pensamento supersticioso. O olho gordo tem cinco mil anos. O medo da felicidade surge quando estamos no meio de muita coisa boa e temos a impressão de que um raio vai cair na nossa cabeça. Muitos preferem se unir a uma pessoa diferente de si para garantir um pouco de irritação. Ligar-se a uma pessoa antagônica encanta e irrita ao mesmo tempo.

Na paixão, as afinidades são enormes, os dois se encaixam maravilhosamente bem e o pânico se instala. As separações ocorrem por isso, e não por causa dos obstáculos.

ISTOÉ – Por isso a maioria dos casais é formada por um egoísta e um generoso?Gikovate – Entre dois egoístas, a relação é impossível. Acontecem muitas brigas. Não dá problema psiquiátrico, mas ortopédico (risos). Quando o egoísta é casado com um generoso, pelo menos este coloca panos quentes. Quase sempre, a paixão ocorre entre dois generosos que acabam deixando de ser generosos. Seriam casais perfeitos se o generoso, tão atrapalhado psicologicamente quanto o egoísta, aprendesse a receber.

ISTOÉ – Como são, afinal, os generosos e os egoístas? Gikovate – O egoísta é estourado, ciumento, gosta de fazer autopromoção, é extrovertido porque não consegue ficar sozinho e intolerante à frustração. Faz o diabo para não se frustrar, inclusive passar por cima dos direitos dos outros. A partir dos seis anos, a criança é capaz de abstrair e se colocar no lugar do outro. Se uma criança vê um menino em uma cadeira de rodas e se imagina em seu lugar, sofrerá com isso. E uma criança que não suporta essa dor interromperá esse processo. Fica com uma visão unilateral do mundo e perpetua um padrão egocêntrico. São pessoas invejosas, embora se mostrem sempre muito bem. Isso confunde até hoje os psicanalistas, que fundaram o conceito de narcisismo. ISTOÉ – O narcisismo não existe?

Gikovate – É um conceito usado para descrever pessoas que têm a postura do “eu sou bacana”, como se elas tivessem realmente esse juízo de si, o que não é verdade. Elas sabem que são um blefe. Fingem superioridade por se saberem invejosas e ciumentas. Elas precisam receber mais do que recebem. Matematicamente, são pessoas falidas. Podem botar a banca que for, mas são fracas.

ISTOÉ – E quem são os generosos e por que não devem ser encarados como representantes do bem?

Gikovate – O generoso é o inverso do egoísta. Não reage nem quando deveria, não suporta provocar dor na outra pessoa, aceita dócil um monte de contrariedade. Fala um monte de sim quando deveria falar não. Quando você tem oito anos e é um menino bonzinho e seu irmão começa a chorar porque quer uma bola que é sua, você não agüenta o remorso que imagina que vai sentir e dá a bola para ele. Mas não era isso que você queria fazer. Aí a mãe vem e diz que você é legal. O elogio estimula a vaidade, que se acopla à generosidade. É mais uma vez um truque para se sentir superior à custa de uma fraqueza. O generoso também inveja o egoísta, que é capaz de dizer não e goza os prazeres da vida, enquanto o generoso é todo cheio de pudores e constrangimentos. Acabam ficando duas porcarias.

ISTOÉ – A culpa é da sociedade que valoriza a concessão como virtude?

Gikovate – Para ter um filho bonzinho, tem que ter um filho pestinha. A mãe poderia chegar para o filho que quer a bola e dizer “não enche o saco, a bola é do seu irmão”. Mas ao reforçar a generosidade de um dos filhos, ela reforça também o egoísmo do outro. Não existe generosidade sem egoísmo. De vez em quando eu assisto a esses programas evangélicos na televisão e penso no que seria deles sem o Satanás. Não haveria programa. Essa dualidade é patética, ridícula. Para poder ser o bonzinho, o bacana, ir para o céu e ser uma teta na qual todos mamam, precisa haver os parasitas que vão lá mamar. Há uma aliança no domínio das elites entre o generoso e o egoísta. Comparo com o sacerdote e o guerreiro. O sacerdote seria o bonzinho e o guerreiro, o mau. Os dois sempre se freqüentaram e compartilharam poder.

ISTOÉ – Lula é mais parecido com o guerreiro ou com o sacerdote?

Gikovate – Por seu gênio e temperamento, Lula seria generoso. Mas uma vez no poder... Uma vez li uma entrevista de um filósofo francês que dizia que não existe esquerda no poder. Esquerda, por definição, é uma coisa que está fora do poder, gerando idéias. O poder não é lugar para idéias, mas um local de ação, onde as idéias geradas do lado de fora podem ser aproveitadas. A generosidade é praticamente impossível no poder. Lula é um governante que, como todos, precisa fazer alianças. E nem todos os amigos são generosos. As pessoas mudam de caráter com o passar dos anos e pioram.

ISTOÉ – O sr. ainda se refere ao Lula?

Gikovate – Não. Estou falando de maneira geral. Você já ouviu alguém dizer que quem não foi socialista na mocidade e virou um indivíduo pragmático aos 45 anos é um idiota. Como se o idealismo fosse um defeito juvenil que deve ser curado com o tempo até se transformar em egoísmo. Acredito que existe uma terceira instituição para além dessa dualidade. É um indivíduo moralmente sofisticado, nem egoísta nem generoso, que tolera bem a frustração e não sente culpas indevidas, que eu chamo de justo. ISTOÉ – Será o auge do individualismo?Gikovate – No bom sentido da palavra. Individualismo significa auto-suficiência. Egoísta e generoso não são auto-suficientes. O justo sim. Vai estabelecer relacionamentos nos quais não haverá necessidade de jogos de poder. Ele não dá mais do que recebe nem recebe mais do que dá. O interessante é que a sociedade moderna tende na direção do indivíduo justo. ISTOÉ – Não caminha para um mundo mais egoísta?Gikovate – Parece que sim, por causa do elogio a essa cultura superficial, ligada à vaidade e à aparência. Mas o fato é que não cabe todo mundo nesse sistema. Não há nem emprego para todos nem tetas suficientes. Quando penso em individualismo, comparo com o iPod. Você coloca centenas de músicas ali dentro e vai para o metrô, onde balança a um som que só você ouve. Dos dez milhões de habitantes de Nova York, três milhões moram sozinhas. São Paulo também é assim. Está se tornando o país dos cachorros. Se os generosos começarem a trocar seus pares egoístas por cachorros, será outro mundo. Até porque os cachorros retribuem. Ao vender iPods, os amantes da sociedade de consumo estão fabricando o germe da destruição do próprio capitalismo. O indivíduo que está mais auto-suficiente sozinho vai consumir menos, porque sua vaidade precisa menos de instrumentos externos. Estará mais perto da felicidade democrática e distante da felicidade aristocrática.

ISTOÉ – Qual a diferença?

Gikovate – Não dá para privilegiar coisas que não dão para todo mundo. Até os intelectuais cometem esse erro. Elementos de felicidade aristocrática, como a beleza, a riqueza e a inteligência, condenam à infelicidade o feio, o pobre, o que não teve acesso à educação. Sou favorável às felicidades democráticas, aquelas que dão para todo mundo, como o amor, por exemplo. O justo se satisfaz com isso. Ele não condena ninguém à infelicidade.

ISTOÉ – Como alcançar o mundo dos justos?

Gikovate – Todos têm que evoluir. As relações de qualidade serão as únicas estáveis, tanto as de amizade quanto as conjugais. E, quando a educação não parte de dois modelos concorrentes, os filhos saem todos legais. Além disso, é uma estupidez achar que casamentos sem brigas são tediosos. Só é chata a vida entre duas pessoas se elas forem chatas. O tédio deriva da falta de reciclagem por parte dos cônjuges. Mas não quer dizer que as disputas favoreçam a relação. ISTOÉ – Isso talvez derive da crença de que as disputas funcionam como estímulos sexuais para a maioria das pessoas.

Gikovate – Isso não é uma crença. O sexo está acoplado à agressividade em nossa cultura – ele faz parte do domínio do demônio – e se complica um pouco nas relações de boa qualidade. Na nossa cultura, há inveja sempre que existe diferença. Freud falou na inveja do pênis pelas meninas. Na adolescência, os meninos passam a invejar o poder atraente das garotas. Aí, as meninas se tornam objetos de desejo e os homens ficam babando. É a origem do machismo e das piadas em relação às mulheres. O machão tem raiva e desejo pela mulher. Isso não significa que não pode haver sexo sem ódio.

ISTOÉ – Caminhamos para isso?

Gikovate – Sim. O mundo moderno desvincula sexo de agressividade, apesar do sistema capitalista, que sonha com a infelicidade humana. A infelicidade dá dinheiro não só para os meus colegas (psicoterapeutas), mas também para a indústria. O ficar altera completamente essa relação de ódio e inveja. Na idade em que os meninos babavam pelas meninas, eles já as beijam. Pela primeira vez, um menino de 14 anos exerce sua sexualidade com alguém da mesma idade e da mesma classe social. Sem pagar. Os meninos não correm tão vorazes atrás das mulheres. Alguns pais às vezes trazem seus filhos para meu consultório com medo de que eles sejam homossexuais. “Não esquenta a cabeça, tio. Vai pintar”, dizem. Hoje, eles se dão ao direito de esperar que as meninas se aproximem. ISTOÉ – O generoso no ambiente conjugal pode ser egoísta nos negócios?Gikovate – Isso é raro. Mas o generoso é esperto. Ele faz alianças de alta conveniência. Associa-se aos egoístas, que fazem as maracutaias, e ele se beneficia. O sócio é um safado que faz negócios ilícitos, mas ele aproveita o dinheiro, sendo sempre o bonzinho. O generoso é um oportunista disfarçado. Dá uma casa bonita para a família mas mora nela. Diz que não se incomoda em morar em um “moquifo”, mas tem dificuldade de se separar e abrir mão da casa. É tudo espetáculo.

ISTOÉ – Por falar em espetáculo, Ronaldo e Cicarelli se encaixam no modelo? Gikovate – Olhando de fora, parecem dois egoístas que não agüentam ficar juntos mais do que serve aos interesses recíprocos. Talvez Ronaldo coloque mais seus interesses acima de tudo. Tenho a impressão de que a Milene (sua primeira mulher) era mais tolerante. Mesmo assim, ela não o agüentou. Daí ele arrumou uma que é da mesma categoria que ele. Três meses foi até muito. Não deu nem tempo de terem problemas ortopédicos (risos).


Flávio Gikovate é médico psiquiatra formado pela USP, autor de mais de 23 livros sobre conflitos psicológicos relacionados à vida cotidiana, tendo vendido mais de 600 mil exemplares. Foi colaborador da revista Claudia e da Folha de S. Paulo, e escreve para a revista Marie Claire. Ministra palestras pelo Brasil todo e continua em intensa atividade como psicoterapeuta.

ESTILOS PARENTAIS

ESTILO PARENTAL
É o conjunto de atitudes dos pais que cria um clima psicológico-emocional em que se expressam os comportamentos dos pais; mães e pais podem se comportar de maneira diferente; os estilos parentais incluem as práticas parentais (elogios, gritos, punições etc.) e outros aspectos da interação pais-filhos, tais como: tom de voz, linguagem corporal, descuido, atenção, mudanças de humor etc. Atualmente os estudos psicológicos mostram que família é essencial na vida de todos, mas ela pode determinar aspectos de PROTEÇÃO envolvimento, afeto, regras claras, responsividade etc.) quanto de RISCO (punição física, negligência, regras inconsistentes ou ausência de regras etc). Cada estilo de pai/mãe contribui para determinar o desenvolvimento e socialização de crianças e adolescentes que formarão um repertório comportamental que levam para o resto da vida. O estudo dos estilos parentais divide as relações entre pais e filhos (de qualquer idade) em 4 tipos básicos: participativo (centrado na relação e socialização do filho); negligente (pais ausentes); autoritário (centrado nos pais); permissivo (centrado no filho). As pesquisas internacionais e longitudinais revelam que as influências começam muito cedo e continuam na adolescência e que o estilo parental não muda no decorrer dos anos. Para medir os estilos parentais foram utilizadas as Escalas de Exigência e Responsividade (Lamborn e cols) e para medir práticas educativas foram utilizadas as Escalas de Qualidade na Interação Familiar (Weber e cols). Descrição de estilos parentais:


PAIS PREPARADORES EMOCIONAIS – também chamados de participativo-democráticos (tanto exigentes quanto responsivos. São pais centrados tanto na relação quanto na socialização e desenvolvimento do filho. Apresentam muitas regras e limites e também muito afeto e envolvimento, “dão bastante, mas também pedem muito”: são aqueles que educam dando muito apoio, atenção emocional, estrutura positiva e direção para os filhos. Conseqüências para os filhos: estas crianças definem-se e são classificadas como mais competentes em todos os níveis, ou seja, boa auto-estima, habilidades sociais, estilo de atribuição otimista, bom desempenho acadêmico e desenvolvimento de resiliência.


PAIS NEGLIGENTES (pouco responsivos e pouco exigente; apresentam pouco afeto e envolvimento e poucas regras e limites). São considerados pais ausentes. Ainda, esperam, às vezes, que o filho responda a suas necessidades e formam famílias instáveis (separações e conciliações freqüentes); são pais pouco presentes na vida dos filhos, sem tolerâncias e aborrecem-se facilmente, seja com o choro natural de um bebê, seja com os pedidos de uma crianças ou adolescentes, então deixam a criança fazer o que bem quiser; quando os filhos chegam ao limite ou quando sentem culpa de sua ausência podem controlar exageradamente ou punir. Conseqüências para os filhos: são as que apresentam pior performance em todos as áreas; podem ter um desenvolvimento atrasado, problemas afetivos e comportamentais; este estilo parental correlaciona-se com uso de drogas e álcool, com doenças sexualmente transmissíveis, com início precoce da vida sexual, baixa auto-estima e auto-eficácia, com probabilidade maior de depressão, estresse, estilo explicativo pessimista, baixo desempenho acadêmico e baixas habilidades sociais e futuro comportamento anti-sociais (mentir, roubar, agredir, machucar, xingar...).


PAIS AUTORITÁRIOS (muito mais exigentes do que responsivos; apresentam muitas regras e limites, mas são pouco afetivos e envolvem-se pouco). São pais centrados em si próprios, portanto desejam somente a obediência dos filhos. Caracterizam-se por nível baixo de apoio e atenção emocional, mas alto de estrutura positiva e direção; são demasiadamente exigentes, tendo como resposta comum “Porque eu disse assim”, querem que o filho faça o que eles desejam, comandam a vida dos filhos e não deixam que ele próprio se expresse. Conseqüências para os filhos: tendem a apresentar performance moderada na escola, mas se a coerção for muito forte podem ter ansiedade e, com isso, abaixar o desempenho escolar; não apresentam problemas de comportamento, geralmente são crianças e adolescentes quietos e passivos, mas se a coerção dos pais for muito forte, podem mostrar hostilidade e agressividade contra figuras de autoridade (professores, por exemplo); apresentam piores desempenhos em habilidades sociais, humor instável, pouco amigáveis, baixa auto-estima e altos níveis de depressão, situações que podem levar para a vida futura.


PAIS PERMISSIVOS – também chamados de indulgentes (muito mais responsivos do que exigentes; apresentam muito afeto e envolvimento e poucas regras e limite. São pais centrados no filho. Dão muito apoio e atenção emocional, mas pouca estrutura positiva e direção aos filhos; às vezes são pais que tem receio de serem rejeitados e não serem amados pelos filhos, então permitem em demasia, ou sentem culpa pela ausência no trabalho e permitem tudo ou são inconsistentes; a pouca resistência acaba levando a crianças mimadas e falta de resistência à frustração. Conseqüências para os filhos: estão mais propensas a envolver-se em problemas de comportamento e têm pior desempenho na escola, mas podem ter boa auto-estima e boas habilidades sociais e baixos níveis de depressão, mas há um alto risco de envolvimento com drogas no futuro, pois não aprenderam que existem regras e limites no mundo, acham que podem e devem experimentar tudo e testar todos; geralmente são crianças (e até adultos) mimados, sem limites, que depois de um tempo de convivência torna-se chato, pois pensa somente em si próprio e não aprendeu como o mundo funciona nem as suas regras de convivência.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

FASES DA SEXUALIDADE




Freud descobriu três fases da sexualidade humana que se diferenciam pelos órgãos que sentira prazer e pelos objetos ou seres que dão prazer. Essas fases se desenvolvera entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos, ligadas ao desenvolvimento do Id:
Fase Oral, ou fase da libido oral, ou hedonismo bucal, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;
Fase Anal, ou fase da libido ou hedonismo anal, quando o desejo e o prazer localizara-se primordialmente nas exercesse e as fezes, brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer;
Fase Genital ou fase fálica, ou fase da libido ou hedonismo genital: quando o desejo e o prazer localizara-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mae é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.
A tipicaçâo sexual
De acordo com Maria Aparecida Cória um outro aspecto desenvolvido nesta etapa é a tipicação sexual.A tipicação sexual é o estabelecimento dos papéis sociais ligados ao sexo,ou seja,aperender a se comportar como homem ou mulher.
A partir dos três anos de idade criança começa a demonstrar um grande interesse por questões sexuais.Ela quer entender as diferenças existentes na anotomia do homem e da mulher e isso a leva a querer observar os adultos, especialmente os elementos do sexo oposto.Ela também demostra uma curiosidade a respeito da origem dos bebês e das demais manifestações dos sexo.Esse grau de interesse levou os teóricos da sexualidade infantil a dominarem essa fase de fase fálica..
A curiosidade sobre o sexo manifesta-se ainda na exploração do próprio corpo.A criança descobre que a estimulação dos órgãos sexuais produz sensações de prazer.Por isso é comun ela se envolver com atividades e brincadeiras sexuais que envolve masturbação e observação do corpo de adultos.

LEIS HERMÉTICAS




Lei do Mentalismo
"O Todo é Mente; o Universo é mental."
O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.
A matéria são como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.
Lei da Correspondência
"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima"
A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da
Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.
O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no
microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.
Lei da Vibração
"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra"
No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento. Lei da Polaridade
"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados "
A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.
O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o salgado. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.
Lei do Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação"
Pode se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos se movem em círculos.
É a expansão até chegar o ponto máximo, e depois que atingir sua maior força, se torna massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque sua complementação.
Lei do Gênero
"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação"
Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico. Nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de
yin yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.
Lei de Causa e Efeito
"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei"
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos e a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como
karma.

Energia Latente no Ser Humano
Ser Humano (Ser) é Energia. Essa Energia é força de maior intensidade, de menor intensidade e de zero intensidade. O Ser ativo, participativo, solidário, ético, optativo e decisivo é um Ser de Energia de intensidade alta, grande, maior. Um Ser inativo, egoísta, passivo, corruptor, inoptativo e indeciso é um Ser de Energia de intensidade baixa, rasa, sofrível. Um Ser doente, em fase terminal, é um Ser de intensidade de Energia igual a zero. Um Ser que faz o mal, vive para o mal, pratica o mal, venera o mal, participa para o mal, tem o pensamento voltado para o mal, ludibria a vontade alheia em proveito próprio, tem uma Energia de intensidade sofrível. Um Ser que é benevolente, que pratica boas ações, que venera o bem, faz o bem sem olhar a quem, ajuda ao próximo, tem o pensamento voltado para a prática do bem, é altruísta, provoca a paz entre os homens, tem uma Energia de intensidade maior.